PASSIFLORACEAE

Passiflora urubiciensis Cervi

Como citar:

Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho; Tainan Messina. 2012. Passiflora urubiciensis (PASSIFLORACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

1.173,534 Km2

AOO:

20,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Ocorre em Santa Catarina e Rio Grande do Sul (CNCFlora, 2011).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho
Revisor: Tainan Messina
Critério: B1ab(i,iii,iv)+2ab(ii,iii,iv)
Categoria: EN
Justificativa:

<i>Passiflora urubiciensis</i> é uma espécie recém-descrita, caracterizada por plantas trepadeiras herbáceas, terrícolas andróginas e perenes. Endêmica do Brasil, ocorre nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Restrita ao bioma Mata Atlântica, é encontrada em Floresta Ombrófila Densa, em Mata de Galeria, entre 900 m e 1.000 m de altitude. Apresenta EOO de 1.075,22 km² e AOO de 20 km², estando sujeita a três situações de ameaça: agricultura, expansão urbana desordenada e extração de carvão mineral. Nos municípios onde foi coletada, em Urubici (SC) e Morro Reuter (RS), remanescem 41% e 31% da cobertura vegetal original, respectivamente. Está representada por poucos registros de coleta em coleções científicas. Foi considerada "Em perigo" (EN). São necessários, portanto, investimentos em pesquisa científica e esforços de coleta a fim de certificar a real distribuição geográfica, a existência de subpopulações e o estado de conservação da espécie.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

​Espécie próxima de P. eichleriana e P. amethystina, diferenciando-se destas pelo indumento; número de glândulas no pecíolo; morfologia das estípulas, brácteas e corona de filamentos; fruto e cor das flores (Cervi, 2003).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Mata de galeria (Cervi, 2003).
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: Trepadeira herbácea, encontrada em borda de mata. Fértil de setembro a dezembro e dispersada por animais.

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3.1 Mining local high
A floresta ombrófila densa de Santa Catarina sofre com a degradação causada pela extração de carvão mineral (Citadini-Zanetti et al., 2009).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Agriculture local high
Atualmente a floresta ombrófila densa de Santa Catarina está descaracterizada e fragmentada, devido principalmente a processos de degradação intensos, sobretudo pelas atividades de agricultura, reduzindo drasticamente a vegetação original e resultando em formações secundárias em diferentes estágios sucessionais (Citadini-Zanetti et al., 2009).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.4.2 Human settlement local high
Atualmente a floresta ombrófila densa de Santa Catarina está descaracterizada e fragmentada pela pressão urbana e ocupação desordenada, reduzindo drasticamente a vegetação original e resultando em formações secundárias em diferentes estágios sucessionais (Citadini-Zanetti et al., 2009).

Ações de conservação (3):

Ação Situação
5.7 Ex situ conservation actions on going
Cultivada no Instituto Plantarum, Nova Odessa - SP (CNCFlora, 2011).
Ação Situação
1.2.2.2 National level on going
Presente na Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 2.
Ação Situação
3.8 Conservation measures on going
"Vulnerável" (VU), segundo a Lista da Fundação Biodiversitas de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção (Biodiversitas, 2005).